Papel da Chica

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Postado por Francoise Otondo às 06:03 5 comentários:
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Francoise Otondo
Formada em comunicação social, desenvolvi carreira em televisão como produtora executiva. Rodei alguns países nesta função e há cinco anos me deparei com uma grande vontade de mudança. Fui trabalhar na área social buscando aprofundar e aplicar meus conhecimentos em comunicação nos desafios de um setor em pleno desenvolvimento. Depois de três anos, percebi que o meu desejo de mudança era ainda maior. Parti então para a busca dos meus potenciais ainda desconhecidos. Da criatividade,o gosto pela encadernação e uma habilidade manual surpreendente surgiu o Papel da Chica. Ainda através das mãos fiz despertar o dom da massagem com a orientação ayurveda. Para a evolução da carreira de comunicação fui buscar na formação como facilitadora estruturar um trabalho de consultoria voltado para o desenvolvimento pessoal e integrado que chamo de Tridosha. Hoje, gerencio o meu próprio sistema de desenvolvimento pessoal e profissional a partir dessas três frentes de atuAÇÃO. Para conhecer mais sobre os outros dois: www.viavidya.com.br www.tridoshaconsultoria.blogspot.com
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Um Produto: Bloco Croco

Um Produto: Bloco Croco
Adoro esse papel francês que imita croco. As cores são exuberantes, deliciosas de trabalhar e pasmem. O cheiro lembra mesmo o do material original.
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Um conto: "O Grampo"

Era apenas um grampo de cabelo. Desses que se encontram em qualquer farmácia ou loja de departamento.

Mas era o meu grampo. E parte de mim, da minha vida. Pelo menos naquele momento. Aos 10 anos de idade. Em que não se sabe porque o mundo é mundo.

Dramático? Pode ser, mas é isso mesmo. Naquele dia, naquela hora, exatamente naquele minuto. Meu grampo era minha existência.

Ou pelo menos o que uma criança pode entender dela. Da existência que me permita ver, perceber e acima de tudo sentir. A perda do meu grampo querido.

Foi no açude da fazenda dos meus primos. Onde constumávamos passar as nossas férias de verão. Eu adorava aquele açude. Como a gente se refrescava nos dias quentes. A areia branca, lago de água turva, o mato em volta. Cenário perfeito para as brincadeira de criança.

Já era fimd e tarde e hora de voltar para a sede. Um sensação de pânico tomou conta do meu peito. Uma tristeza profunda, lenta, que parecia não ter fim. O medo, o frio, a escuridão, a solidão. Tudo o que eu podia sentir por ele. O meu grampo perdido em algum lugar do açude.

Nas águas turvas e arenosas. Quem ousaria procurá-lo? Eu, minha irmã, meus primos, os amigos dos meus primos. Ninguém podia sair de lá sem antes achar o meu grampo.

Minha irmã, que bem conhecia meus repentes, foi aprimeira a concordar. E com a ajuda dela fez-se a tropa das crianças em busca de um grampo perdido.

Mergulha daqui, toma fôlego dali, vai pro fundo. Com os pés, a ajuda. Era tanta areia. Folhas, pedras, mato. Um empenho coletivo. Da compreensão inocente da infância

Alguém pergunta se eu sabia mais ou menos por onde ele tinha caído. Não que fosse ajudar, pois era tarefa pra lá de impossível. Achar um grampo no açude da fazenda.

A noite foi caindo. O frio, o cansaço, a fome tomou conta de todos. E de mim também. Que comecei a me conformar em não ter meu grampo de volta.

Na hora de dormir a conversa com ele. Pedi desculpas por ter o deixado. Fechava os olhos. Sabia o que ele estava sentindo. O abandono. Estaria ele congelado de frio? Como fome? Só, na escuridão? Chorando? Sentindo minha falta? Porque não dormindo no conforto da minha cama? Mesmoq ue fosse no emaranhado dos meus cabelos?

Assim me rendi ao sono tarde da noite.

No dia seguinte procurei por ele. Só e calada. E vão.

Nunca mais me esqueci do meu grampo querido perdido no açude.
Nem minha irmã, meus primos, os amigos dos meus primos.


Conto O Grampo: por Françoise em 2003

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